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  • Foto do escritorSamir Dos Santos Teixeira

Como Driblar os Impactos do Aumento dos Combustíveis no Seu Negócio


Impacto alta combustível aos negócios

Está difícil pra todo mundo. Esta pequena frase é comumente pronunciada nos últimos tempos pelos brasileiros, principalmente quando o assunto é o preço dos combustíveis. Diante de sucessivas altas, desde já 2021, a população vem tentando encontrar alternativas para minimizar os impactos causados.


Quando o assunto são negócios, isso se torna ainda mais relevante, uma vez que repassar integralmente os aumentos ao produto final, poderia provavelmente inviabilizar as vendas e o crescimento de sua empresa.


Diante do exposto, o que fazer para driblar os impactos dos aumentos dos combustíveis para o seu negócio? É sobre isso que falarei aqui, neste post. Confira.




O Impacto Direto da Alta dos Combustíveis Para o Seu Negócio

Não tem jeito, com tantos aumentos no preço dos combustíveis, gera-se uma verdadeira bola de neve. Se partimos já dos fornecedores, que sofrem com o aumento vindo do transporte de suas matérias primas, quando o produto chegar na prateleira serão inúmeras porcentagens a mais sobre o preço final.


E é uma realidade palpável. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae com a FGV, 63% dos microempreendedores individuais e 61% das micro e pequenas empresas brasileiras indicam os gastos com combustíveis, insumos e mercadorias como os mais impactantes aos seus negócios.


E engana-se quem pensa que o problema não impacta também os negócios online, tendo visto que estes dependem e muito de entregas e estas, claro, gastam combustível. A cadeia é verdadeiramente interminável, um ciclo que impulsiona cada uma das etapas do mesmo.


Felizmente existem algumas saídas para o problema e estas vão depender do tipo de negócio de sua empresa. Obviamente, é praticamente impossível não repassar alguma coisa ao preço final do produto ou serviço diante de tantos aumentos em sequência.


Mas existem maneiras de reduzir este repasse, sem ocasionar prejuízos para a sua empresa. Seria como dividir o impacto destes aumentos com seus fornecedores e clientes, onde ninguém perde muito e ninguém ganha muito.



Dicas Para Driblar a Alta do Combustível

Ninguém faz milagre, essa é uma premissa básica. Considerando que, no Brasil, o transporte de mercadorias é realizado praticamente em sua totalidade por vias terrestres, a alta do combustível, como já disse aqui, vai empurrando custos e prejuízos para toda a cadeia produtiva e mercadológica.


Só que esta cadeia tem um processo inverso: se o consumidor final não compra, sua empresa não vende, seus fornecedores não produzem e os caminhões que fazem o transporte de produtos e insumos param, bem como quem produz estes produtos e insumos.


Neste cenário, o Brasil também para. Só que ninguém quer este tipo de situação e, a bem dizer, ela representaria uma quebra geral do país. A solução aparente é realmente dividir os prejuízos, para que todos consigam, de certa forma, continuar “caminhando” nos negócios e no poder de compra.


Confira, então, algumas dicas que podem ajudar:



Faça uma Reavaliação do Preço de Seus Produtos e/ou Serviços


O preço dos combustíveis não tem como ser alterado. Como você não pode mexer nestes preços, tentando reduzi-los, precisa mexer em outros preços, aqueles nos quais você tem liberdade e margem para alterar.


Deste modo, a primeira coisa a fazer para driblar os impactos dos aumentos dos combustíveis é mesmo analisar o seu método de precificação. Para tanto, é necessário que você visualize bem o quanto esta alta dos combustíveis influenciam diretamente suas decisões frente ao valor praticado.


Em suma, este valor precisa ser, na medida do possível, vantajoso para você e para quem compra o seu produto ou serviço. Para tentar explicar melhor como isso funciona, vou dar um exemplo subjetivo e colocar algumas alternativas possíveis para alterar o seu método de precificação.


Suponhamos que seu produto é vendido por R$ 250,00 e tem como custo total (com todos os custos fixos e variáveis) de R$ 100,00. Neste exemplo, seu lucro final seria de R$ 150,00.


Se dentro destes custos o combustível represente 35%, por exemplo, seriam R$ 35,00 gastos apenas com esta parcela de seus custos totais. Considerando um aumento de 18% nos combustíveis, você passaria a gastar mais R$ 6,30 em cada venda realizada.


Então, podemos considerar algumas alternativas e suas possíveis consequências:


a) Repassar integralmente o custo dos combustíveis ao preço final, vendendo seu produto a R$ 256,30. Esta alternativa não representaria qualquer risco ou prejuízo ao seu negócio, salvo a possibilidade de seus clientes deixarem de comprar seu produto ou serviço ou reduzirem drasticamente o consumo.


b) Repassar parcialmente o custo dos combustíveis ao preço final, vendendo seu produto a R$ 253,15, por exemplo. Nesta opção, há um risco minimizado de redução de vendas e, de certa forma, você está dividindo com o seu cliente o aumento no combustível.


c) Reduzir sua margem de lucro, de R$ 150,00 para R$ 143,70. Nesta alternativa, seus clientes continuariam com a mesma proporção de consumo, o que não impactaria suas vendas. Por outro lado, é analisável se isto não iria impactar negativamente os seus negócios, principalmente se seus fornecedores não fizerem o mesmo.


d) Reduzir sua margem de lucro, dividindo os custos, de R$ 150,00 para R$ 146,85. Neste caso, os impactos sobre a venda poderiam ser mínimos, pois seu consumidor compreende que os combustíveis tiveram aumento e que isto influencia os preços. Aqui vale também analisar os impactos aos seus negócios, caso seus fornecedores não fizerem o mesmo.


e) Dividir os custos com combustíveis com seus fornecedores, também de R$ 150,00 para R$ 146,85. Esta seria a melhor das alternativas, pois você ainda poderia manter seu preço final, sem aumentos, o que representaria a manutenção de suas vendas e até aumento, caso seus concorrentes tenham repassado integralmente os custos dos combustíveis. Negocie com seus fornecedores.



Tente Reduzir Custos com Fretes e Entregas


Independentemente se você irá conseguir mexer em seu método de precificação ou não, é importante também procurar reduzir seus custos totais tanto com os fretes (principalmente de fornecedores) como das entregas (principalmente no caso de marketplaces e lojas virtuais).


Neste caso a alternativa seria a negociação, avaliando bem toda a política de fretes dos marketplaces bem como de todos os preços praticados por esta ou aquela transportadora.


Já com base nesta negociação, é possível recalcular sua margem de lucro e o seu preço final. O importante é sempre não desestimular a compra por parte de seus clientes. Se for mexer no preço final, que esta alteração seja a mínima possível.


No cenário atual, considerando as altas de combustível, é preciso entender que todos terão de um modo ou outro que pagar e/ou dividir a conta: transportadoras, entregadores, fornecedores, produtores, distribuidores e consumidores.



De Olho Firme em suas Despesas


Quem tem um negócio próprio sabe bem o que representam as despesas. Elas podem inclusive influenciar vendas e o preço do seu produto ou serviço. Sem “uma luz no final do túnel” no que se refere ao preço dos combustíveis, é preciso atentar-se ainda mais com relação às mesmas.


Inclusive, manter suas despesas bem organizadas vai bem além da alta do combustível, valendo para toda e qualquer empresa em qualquer cenário econômico.


Tenha sempre todas as movimentações na ponta do lápis. Se necessário for, conte com a ajuda da tecnologia para um maior e melhor controle.

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