Alguns economistas, mais otimistas, dizem que a economia brasileira está indo para o caminho certo. Outros, porém talvez mais realistas ou até negativistas, dizem que vai demorar muito. Mas qual a real foto de nossa economia e o que esperar para um futuro a curto e médio prazos?
Como no caso da meteorologia, o que é analisável são tendências, mas nunca se é possível afirmar nada. Com a economia, ainda mais a brasileira, esta afirmação faz todo o sentido. Longe de ser otimista ou pessimista, o mais importante é ser realista frente aos fatos e moderado quanto ao futuro.
Nossa economia, como a de muitos países mundo a fora, está diretamente ligada à fatores políticos além da própria economia mundial. Esse pacote todo influencia o que vai ser de nosso futuro econômico.
A Covid-19, por certo, alterou muitas projeções e deixou o mundo com inúmeras incertezas. Mas ela não é a única vilã nesta história, pois existem outros atores e principalmente coadjuvantes que estão fazendo com que nossa economia suba ou desça.
Vamos entender melhor tudo isso?
Porque é Importante Falar Sobre Economia?
Pois é, porque estamos falando disso? Mas tome nota: ter ciência das perspectivas econômicas de um país é importante para todos os cidadãos deste, independentemente da profissão que exerça.
Assim, a economia vai afetar você:
Investidor
Trabalhar CLT
Empreendedor
Estudante
Funcionário público
Prestador de serviço
Dona de casa
Profissional liberal
Autônomo, entre outros.
E porque é assim? Porque os caminhos da economia de um país vão prospectar a inflação deste, valorização ou não da moeda, seu próprio PIB, o desenvolvimento e investimento de uma nação e, potencialmente, o poder aquisitivo de seus cidadãos.
Assim, mesmo sendo você uma dona de casa, vai perceber os rumos ruins ou bons da economia do seu país na hora de ir à um supermercado, renovar os móveis da casa, comprar um carro novo, fazer uma viagem e em muitos outros aspectos.
A Economia Depende da Política?
Não depende única e exclusivamente, mas é severamente influenciada por esta. Diversos fatores, internos e externos, podem influenciar os caminhos econômicos de um país, inclusive e potencialmente a política deste.
Um economista experiente precisa ter seus olhos e mente antenados com diversas e diferentes frentes de impacto, para poder fazer suas projeções e acertar/errar menos ou mais nestas.
O que Esperar da Economia Brasileira?
Segundo Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total, em reportagem exposta no CNN Brasil Business, a economia brasileira deve se recuperar um pouco ainda em 2021, mas há fortes tendências de desacelerar em 2022.
“Todos os riscos fazem com que tenhamos uma postura mais cautelosa. Eu chamaria a atenção para o aumento dos juros, necessário para conter a inflação. O Banco Central vai ser forçado, neste ano, a passar a Selic para patamares mais restritivos. Com isso, ficamos mais cautelosos com o cenário do ano que vem”, diz.
“O Produto Interno Bruto (PIB) deve desacelerar em 2022, e, fora isso, você ainda tem toda a incerteza que vem com um ano eleitoral”, continua ele.
Em tese, podemos dizer que a recuperação econômica brasileira será assimétrica, ou seja, haverá muita disparidade nesta retomada, principalmente no que se refere aos status sociais dos cidadãos e principalmente entre os seus respectivos setores.
Em se falando especificamente de Brasil, as constantes alternâncias nos cenários políticos, turbulências, entre outros, estão sim influenciando negativamente a economia brasileira.
Isto porque gera-se muito mais incertezas do que certezas. Além disso, na prática, muitos setores da economia brasileira estão sofrendo com a crise hídrica, energia elétrica, combustíveis, alta do dólar entre outros fatores.
Além de tudo isso, ameaças constantes de apagões, incertezas quanto a pandemia (no Brasil), ameaças de golpe político e tantos outros fazem gerar um clima de instabilidade econômica: ninguém nunca sabe se uma projeção poderá ser positiva ou negativa, neste cenário.
O Aspecto Inflacionário
É preciso entender melhor o aspecto inflacionário, principalmente no Brasil. Muitas pessoas acreditam que a inflação é medida e controlada única e exclusivamente por ações do governo ou da própria economia de um país, mas, todavia, não é só isso.
O mercado é formado basicamente por duas forças contrárias:
1º. A força de oferta: ela define como e quando todas as coisas serão produzidas;
2º. A força de demanda: esta define quais bens querem ser consumidos ou estão sendo mais consumidos pela população em geral.
Se houver qualquer desequilíbrio entre essas duas forças, por menor que seja, surgem naturalmente reações econômicas e consequente crises generalizadas, como, por exemplo, a crise inflacionária, que aparece principalmente quando há alta demanda e certa dificuldade de se oferecer tudo que está sendo demandado.
Neste cenário inflacionário, a reação natural é o aumento dos preços. A inflação tem seu start basicamente na escassez. Os motivos desta “escassez” é que merecem análise e atenção.
Sem Projeções Muito Assertivas, Qual é a “Foto” da Economia Brasileira?
Infelizmente, a curto e médio prazos, as projeções não são das mais otimistas, segundo muitos economistas. Com a chegada das festas de final de ano e uma natural inflada no comércio, é de se esperar uma certa recuperação econômica.
No entanto, principalmente para o primeiro trimestre de 2022, o cenário não é muito bom, segundo projeções.
Ainda para 2022, com as eleições presidenciais, a economia brasileira com certeza terá boas reações, pelo menos é o que se espera, considerando apenas pesquisas e tendências de mudanças políticas que virão.
Conclusivamente, a palavra da vez, quando se fala em economia brasileira, é cautela, em todos os sentidos.
Para todos os efeitos, 2022 ainda é uma “caixinha de surpresa”, mesmo porque ainda há ameaça de impeachment, mudanças econômicas, privatizações, alterações no mercado nacional e internacional, alta (e possível queda) do dólar, etc.
Para 2021, não há muito mais do que se esperar, economicamente falando, pois o cenário do ano já está por ser concretizar, com uma “foto” não muito boa, infelizmente.
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Nos próximos posts, sobre economia, iremos aprofundar mais outros assuntos relacionados. Aguardem.